CONVERSA ENTRE AMIGOS

02/01/2017 10:20

            Em conversa com um amigo ele comentou sobre um texto que preparei para vídeo. O roteiro foi baseado em fato verídico escrito por ele. Falou-me que precisava sentar e dar a opinião dele. Bem fiquei a início um pouco apreensivo por saber das exigências com relação a escrita. Uma pessoa muito conhecedora do português, Membro da Academia Goiânia de Letras. Como brincamos aqui na região vou só falar a primeira letra de seu nome, pois, não quero revelar quem é. EMÍLIO VIEIRA, contista, poeta e folclorista.

            Uma pessoa que tem apoiado novos escritores de nossa cidade. Sei que ele é um pouco exigente. Esse fato não me deixou com medo da proposta dele. Escrevi e entreguei a ele um roteiro de aproximadamente 37 minutos.

            Nessa conversa disse a ele que teria ainda de acrescentar o final, pois, esse me dava uma margem para criar algo diferente. Ele, no entanto, me disse que meu texto tinha sido escrito muito livre. Isso preocupou. Livre? Eu na realidade trabalhei todo o roteiro em cima do seu livro. Grande parte dos textos foi retirada do original. Como sei que muito documentário se perde pela rigidez querendo mostrar a verdade do ato sem dar margem para a imaginação. Sem fugir da verdade do original. Busquei dar ao trabalho maior liberdade cênica. Os documentos de registro do promotor, juiz e delegado da época criando diálogos dando vida a eles. Transformando em diálogo modificando-o sem fugir da realidade.

            Como criei cena, por exemplo: Qual foi a participação das mulheres dos Coronéis da época nessa conspiração! E como disse abaixo as petições transformei em um julgamento com advogado de defesa e promotor.

            Ao sair! Nos encontramos na rua ele disse: “O problema do seu texto é que você mineralizou muito e nós temos é influência baiana” Depois voltou a falar “Creio que você terá de baianizá-lo” Sorri e disse o problema é que em toda minha vida só ouvi causos de Minas Gerais. Mesmo morando em Posse GO desde 1961.

            Uma conversa que rendeu um aprendizado. Nunca tente escrever algo que você não sabe. Ainda mais um escritor como eu! Fica difícil querer voar mais alto.

            Uma coisa eu tenho certeza, em momento algum escrevi UAI SÔ! QUE TREM BÃO SÔ!
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