Hoje é dia de causo: O DIA EM QUE OS VAQUEIROS MOLHARAM OS PÉS – JOAQUIM BERNARDO NÃO

15/11/2016 11:35

            Ao sair com uma boiada Joaquim Bernardo escolheu um burro redomão. Ele estava amansando este animal há algum tempo. Só que o chucro não estava totalmente preparado para acompanhar o gado em sua jornada. Hora ele queria correr outra começava a pular.

            Para esse peão não era problema. Acostumado a montar animais bravos. Conhecidos como o maior amansador de burro e cavalo. Logo cedo levantou tocou os animais para o curral. O orvalho do capim molhava sua roupa. E como se nada acontecia vinha caminhando atrás da manada. Pegou a sua montaria o arriou. Nesse momento o rapaz da comitiva chamou para tomar café.

            A piãozada chegou e cada um pegou a sua xícara e um prato com farofa de carne. Enquanto conversavam o rapaz da comitiva pegou seus animais. E preparou para sair. Ele vai à frente para o ponto local que vai fazer o almoço. Joaquim Bernardo sentou em seu canto deu um dedim de proza. Foi para o lado da sua montaria e aguardou os demais para buscar o gado no pasto e iniciar a viagem.

            No caminho o burro pulou em alguns momentos. Joaquim Bernardo o dominava e seguia viagem como se nada estivesse acontecido. Quando algum dos bois resolvia sair da manada ele era o primeiro a rebater fazendo o animal retornar a manada. A viagem já durava mais de três horas quando chegaram ao ponto de almoço. Umas nove horas. Todos pararam enquanto uns dos vaqueiros foram almoçar outros ficaram tomando conta da boiada.

            Todos almoçaram e continuaram a viagem. Ao chegar a uma larga o gado que vinha sem nenhum problema, um dos bois resolveu sair em correndo. Joaquim Bernardo saiu em disparada e em poucos minutos atravessou à frente da rês a arrebatou de volta.

            Os vaqueiros ficavam admirados de como ele era capaz de dominar um boi com um burro redomão. Ele sempre respondia que bastava ficar tranquilo e mostrar para o animal quem o controla.

            A viagem foi tranquila, pararam mais uma vez para lanchar. E antes de chegar ao local de pouso tinham que passar por um rio. Chegaram e o ponteiro seguiu a frente. Com a boiada o acompanhando. Em certa altura a água chegava acima da barriga do cavalo. Os vaqueiros entraram uns do lado direito e outros do lado esquerdo para não deixar algum boi voltar.

            A manada foi toda colocada na água e ao chegar do outro lado todos os peões estavam molhados menos Joaquim Bernardo.

Admirados logo veio à pergunta:

- Como você não molhou?

Joaquim Bernardo – Burro bravo não pula dentro de água.

            Conforme a água subia ele encolhia as pernas. Por fim ficou de cócoras sobre o areio. Quando ia saindo da água ele descia até voltar a ficar montado novamente.

            Todos os vaqueiros ficaram admirados e aprenderam mais uma lição de um vaqueiro experiente.

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