O PASSEIO Part. IX.

21/07/2017 09:57

            Ao atravessar ainda ouviu a voz da Guardiã dizendo que iriam vigiar o portal e quando achasse a Ana eles abririam para eles votar. O local que estava era totalmente diferente da terra. Muita neblina a vegetação brilhavam e as árvores pareciam mudar de lugar. Uma sensação estranha deixava-o preocupado. O sentido de direção de Paulo estava confuso com tantas mudanças.

            Conseguiu ver Ana indo por um caminho tortuoso, hora ela desaparecia hora ela era vista. Começou a segui-la quando foi parado por dois guerreiros duendes. Sem prática com a espada Paulo lutou bravamente e conseguiu derrotar os adversários. Continuou na perseguição dos sequestradores. Chegando a uma planície viu novamente Ana sendo colocado dentro de uma carruagem. Tentando alcançar os bandidos foi novamente impedido por cavaleiros que o atacara. A luta era desigual. Ele conseguiu derrubar um cavaleiro e montou no cavalo e colocou em disparada atrás dos algozes de Ana.

            Os inimigos o seguiram e atacaram. Dessa vez ele foi cercado pelos cavaleiros inimigos. Com isso a carruagem desapareceu no caminho. A batalha foi difícil golpes eram dados enquanto Paulo se defendia de todas as maneiras seu ataque era quase inútil. A lamina de sua espada passava cortando o adversário e nada acontecia com eles. Parecia que seus inimigos não atacavam. Observando percebeu que ele lutava em vão seus inimigos não passava de uma ilusão. Aqueles homens não existiam. Parou para pensar e percebeu que a paisagem era diferente. Dessa vez começou a ter dificuldade para respirar.

            Se eu estou sendo influenciado por alguma força maligna também essa dificuldade em respirar não passa de uma ilusão provocada pelos duendes. Pensando com firmeza ordenou que a paisagem ficasse clara e o ar se tornasse respirável. Nesse momento ouviu a voz do Duende.

Duende – Agora quero ver você lutar em meu mundo. Aqui você não tem a proteção dos Guardiões Elfos.

Paulo – Para te derrotar não preciso deles. Apareça e vamos lutar!

            Apenas uma risada foi ouvida. O anoitecer estava chegando e ele não sabia como seria naquele mundo estranho. Procurou um local para passar a noite. Encontrou uma caverna, entrou nela e desarreou o cavalo e o amarrou em um apedra. Acendeu uma fogueira e ficou preparado para se defender.

            A noite foi terrível, a temperatura baixou ao estremo. Como conseguira muita lenha aqueceu com o fogo fazendo duas fogueiras e, ficando entre elas. Com a manta do cavalo deitou sobre ela e cobriu com uma capa que estava sobre o arreio. Enquanto passava as horas via e ouvia vozes e gritos inclusive da Ana. Foram horas de horrores. Sem conseguir dormir levantou com o nascer do dia. Pensou onde poderia encontrar a Ana. Levantou arriou o cavalo montou e saiu. Logo a frente encontrou um vilarejo. Parou numa taverna. Entrou! O ambiente não era dos melhores. Pediu algo para comer.

Taberneiro – Você não é daqui!

Paulo – Não.

Taberneiro – Como você veio até aqui e não foi preso pelos soldados do Rei?

Paulo – Não encontrei ninguém.

Cliente – Essa sua espada pertence aos Elfos!

            Nesse momento ouve um silêncio profundo no bar. Todos olharam para Paulo. Ele pressentiu o perigo. Manteve calmo como se nada estivesse acontecendo. Dirigiu até uma mesa vazia sentou e esperou ser servido. Uma garçonete aproximou e murmurou.

Garçonete – Você não é um Elfo. Eles são proibidos de vir para esse mundo. Só pode ser da terra. Exclamou.

Paulo – Como sabe disso?

Garçonete – As suas roupas e seu cheiro. Se eles desconfiar disso vão querer aprisiona-lo.

Paulo – E por quê?

Garçonete – Somos escravos deles.

Taberneiro – Vai trabalhar preguiçosa!

Garçonete – Esse senhor me perguntou como ele faz para chegar ao castelo. Eu estava dizendo que não sabia.

Taberneiro – Vai logo pegar o café dele. Essa mulher é doida, senhor. Não acredite no que ela diz.

Paulo – Só quero saber qual o caminho para chegar ao castelo Real.

Taberneiro – Qual o motivo de ir até o castelo?

Paulo – Tenho de encontrar o Príncipe.

Taberneiro – Você está mentindo cavaleiro! Nesse castelo mora o conde Danilo que foi em missão para a terra.

Paulo – Ele me disse ser um príncipe. Como é brincalhão o conde!

Cliente – Como uma pessoa que usa uma espada elfa pode querer falar com o conde?

Paulo – A espada? Conquistei-a numa luta contra um elfo na terra.

Cliente – Você deve ser da nobreza para ter permissão de ir até a terra.

Taberneiro – Ou um caçador de escravo.

Paulo – Não sou escravocrata. Apenas um morador da caverna.

            Novamente silêncio total no ambiente. Todos olharam para Paulo. Alguns saíram rapidamente do bar. Ele se preparou ao pressentir o perigo. Colocou a mão na espada. Tanto o taberneiro e o cliente afastaram da mesa. Nesse momento entrou quatro soldados. Olharam para todos e voltaram para a mesa onde encontrava Paulo.

Soldado – Você é que esta procurando o conde?

Paulo – Sim.

Soldado – Prenda-o.

            A luta teve início. Sem saber o motivo o Cliente defendeu Paulo. Logo eles dominaram o inimigo.

Cliente – Vamos sair daqui.

Paulo – Não sem antes levar a garçonete.

Cliente – Ela vai nos atrasar.

Paulo – Ela é uma escrava. O mundo dela é na terra.

            Pegam a moça e saem. Montam em seus cavalos em disparada entram em uma mata logo à frente.

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