O PASSEIO Part. VII.
17/07/2017 09:27Chegando ao colégio ficou sabendo que tinha um novo aluno. Ele estudava na classe de Paulo e Ana. Era um rapaz alegre extrovertido e logo foi se enturmando. No recreio os dois estavam juntos conversando sobre uma disciplina que eles tiveram dificuldades. O novo colega chegou próximo e começou a conversar. Os dois sentiram algo estranho, principalmente quando o novo colega falou algo sobre elfos.
Ao sair de perto Ana olhou para Paulo e fez um sinal para saírem do pátio. Encaminharam para a sala observando o novo colega. Viram que ele olhava para os dois.
Ana – Que coisa estranha!
Paulo – Esse cara tem alguma coisa que não está muito claro.
Ana – Viu como ele ficou nos olhando?
Paulo – Sim. E aquela conversa sobre elfos!
Ana – Nós não estávamos falando sobre isso. Temos de tomar muito cuidado com ele.
Ao retornarem a sala o rapaz passou perto dos dois parou e perguntou desafiando-os.
Rapaz – Soube que você publicou um pôster de uma Elfo!
Paulo – (Levantando) Sim é verdade. Só que eu fotografei uma moça que mora na fazenda de meu tio. Ela pulou e como era a noite ficou como se ela estivesse no ar.
Rapaz – Pensei que fosse sua amiga aqui.
Paulo – Isso não foi nada demais. Apenas um efeito com luzes.
Rapaz – Sei!!!
Ele saiu e sentou na última fileira. Paulo foi até um colega que senta na última fila e pediu para trocar de lugar. Ana ficou olhando para ele perguntando o motivo que havia saído da sua carteira. Ao terminar a aula Paulo explicou que fez aquilo para ficar de olho nele. Durante a semana ficaram preocupados com a presença estranha.
Ao chegar à casa de Paulo, Ana apontou mostrando a presença do novo colega.
Ana – Já vi esse sujeito muitas vezes perto de minha casa.
Paulo – O mesmo tem ocorrido aqui.
Ana – Você sabe onde ele mora?
Paulo – Não. Perguntei aos colegas e eles disseram que ele mora no bairro Amazonas.
Ana – (Voltando para o rapaz) O quê você esta fazendo aqui?
Rapaz – (Aproximando) Estava passando e os vi e pensei em falar com os dois.
Ana – Tenho visto você muitas vezes próximo a minha casa.
Rapaz – Foi coincidência!
Nesse momento apareceu o Elfo guardião. Aproximou cumprimentou todos. O rapaz despediu e saiu.
Guardião – Vocês não observou o aviso no seu sinete?
Paulo – Não! Apenas fiquei com um mal estar.
Ana – Eu também.
O Guardião olhou o braço dos dois e viu que nada havia acontecido.
Guardião – Ele é mais perigoso que imaginei.
Paulo – Como perigoso?
Guardião – Ele consegue se camuflar. Era para a marca de vocês desse sinal. Ele tocou em vocês?
Ana – Não. Apenas cumprimentamos quando chegou.
Paulo – É só pegamos na mão.
Guardião – Foi, assim, que ele percebeu a suas proteções.
Ana – E como você soube desse perigo?
Guardião – Mesmo que vocês não sintam o perigo, nós recebemos o aviso.
Paulo – Você demorou muito a chegar. Ele está aqui há uns dez dias.
Ana – O estranho foi quando ele falou da foto da Rainha Elfo. Os colegas não falavam sobre a exposição.
Guardião – Ele deve ser um duende. Está aqui para vigiá-los. Todo cuidado é pouco.
O Guardião entregou aos dois um colar com uma pedra preciosa. Dizendo para eles não deixar de usar hora nenhuma. Desapareceu falando que vai ficar de prontidão. Disse que a Rainha está ansiosa para encontrar novamente o Paulo e convidou Ana para ir vê-la.
Os dois ficaram em silêncio. Ana quebrando aquele momento de mudez.
Ana – Temos de enfrentar aquele indivíduo.
Paulo – Acho melhor é ficarmos de prontidão. Se fizermos qualquer coisa ele vai desconfiar e poderá nos atacar.
Ana – Ele sabe que sabemos quem é! E nada melhor o ataque para nos defender.
O final de semana foi tranquilo. Não viram mais a ameaça. Na segunda feira observaram que o duende não estava no colégio. Ficaram surpresos e com maior cuidado. Poderia estar armando uma emboscada para os dois.
Paulo – Ele desconfiou com a presença do Guardião.
Ana – Provavelmente foi buscar reforços ou mandar outro em seu lugar.
Paulo – Temos de nos cuidar mais. Não saia sozinha.
Ana – E você também!
Combinaram que sempre iriam juntos para o colégio.
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