SER ESPERTO É A SOLUÇÃO?

28/01/2017 23:36

            Voltei a falar sobre as estórias infantis. Certa vez iria acontecer uma festa nos céu. Todas as aves foram convidadas. Era um baile exclusivo para elas, ou seja, só entraria quem tivesse asas e voasse.

            O sapo ao saber da festa ficou todo assanhado queria por que queria ir. Como? Perguntou um de seus amigos referindo que ele não possui asas. O réptil arregalou mais ainda seus grandes olhos comentando que acharia uma carona.

            Só tinha um problema. Mesmo que ele conseguisse chegar até o céu como iria entrar na festa se o convite era exclusivo as aves. Logo ele disse que resolveria esse empecilho. A conversa entre a sapaiada tornou bastante animada. Até que um dos sapos contou que o urubu estava preparando para ir à festa. Inclusive que a banda dele iria tocar a festa.

Sapo – tá ai! Vou com o urubu. Todos riram dele dizendo que o urubu não daria carona a ele. Fizeram um bolão de aposta de quem acreditava que ele iria e não. Só o sapo votou nele, os outros votaram contra.

            Chegando o dia da festa o sapo vestiu seu melhor terno. Colocou sua camisa, a gravata e o seu sapato brilhava feito o sol. Ele foi até a casa do urubu. Conversa vai, conversa vem, até que o músico pediu licença para sair, estava atrasado.

Sapo – Desculpe seu urubu eu não lembrei que você teria de ir à festa do céu. Também estou indo a uma festa. Despediu do urubu e saiu. O urubu foi até o quarto de a sua casa pegar um lenço. O sapo rapidamente entrou no buraco do violão e ficou quieto. Logo iniciou a voo para a festa.

Urubu – estranho esse violão parece estar mais pesado que das outras vezes. Acho que estou ficando velho!

            Uma meia hora de viagem chegou festa. Todas as aves já estavam presentes e a alegria era grande. O urubu colocou seu violão em um canto e foi cumprimentar os músicos. Nesse momento o sapo saiu do instrumento e preparou para dançar.

            A festa iniciou e o sapo caiu no forró. Dançou com a garça, com a dona papagaia. De madrugada a festa começou a ficar sem ninguém. Todas as aves estavam indo embora. O sapo rapidamente entrou no violão. O que ele não esperava era ser pego com o bico na botija. Foi isso que aconteceu, o urubu viu o sapo escondendo dentro do instrumento.

            A viagem de volta iniciou. Quando começaram a passar pelas nuvens o urubu tirou o sapo de dentro do seu violão.

Urubu – então é isso! A festa que você disse que ia era a nossa?

Sapo – É que eu estava louco para saber como era a festa no céu.

Urubu – Agora você vai pagar por ter me enganado. Vou jogá-lo na terra.

            O sapo entrou em desespero. Quase não se via a terra. Como a descida era rápida o penetra viu uma lagoa. Começou a gritar para seu algoz.

Sapo – Por favor, me jogue na terra e não na água.

Urubu – E qual diferença? Você vai morrer de qualquer forma.

Sapo – Se você me jogar na água morro afogado. Na terra eu escapo!

Urubu – Como assim?

Sapo – É que ao cair na terra o meu corpo amortece o choque. Na água morro afogado.

            O urubu ficou em dúvida e o sapo continuou pedindo para ser jogado na terra. Com tanta gritaria do sapinho o urubu em dúvida resolveu jogá-lo na água. Voou sobre o lago e o soltou. Assim, que caiu na água o réptil gritou bem alto.

Sapo – Oh seu urubu, como você é burro. Jogou-me onde eu queria. Você não sabe que moro na água.

            Assim, que caiu na água, os outros sapos vieram e perguntaram como foi à festa. O malandro contou tudo com detalhe. O urubu toda vez que ia para a festa no céu olhava muito o seu violão para não ter outra surpresa.

            Os oportunistas são sempre assim, querem tirar vantagem das pessoas sem se importar com a consequência. Isso acontece com muita gente que só pensa em ganhar. Não importa o caminho que vão trilhar para conseguir o seu objetivo. Sempre que um ser humano galga uma posição derrubando outra é um ponto a menos do desenvolvimento moral.

            Não precisamos manter o jargão: QUANDO ALGUÉM SOBE DE CARGO OUTRA TEM QUE MORRER. Não devemos pensar assim, podemos crescer e desenvolver sem ter de pisar em outro semelhante. Vivemos em um mundo capitalista. Nesse mundo essa ideia de destruição do próximo para crescer. Não sou contra o regime capitalista, mas não seria possível haver harmonia e todos ter uma vida tranquila, sem fome, sem hospitais para todos?

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