Uma estória quase infantil: A INICIAÇÃO DOS JOVENS HUMANOS

03/11/2016 10:56


            O castelo era cercado por grandes muralhas. Era intransponível. Suas pedras vieram do monte sagrado. Nesse local somente o elfos e duendes poderiam ir. Assim, há muitos anos atrás esses elfos construíram aquela fortificação. Eles temiam a invasão dos cavaleiros das cavernas. O castelo era visto logo da entrada. Uma construção com quatro torres altas. A porta da entrada tinha uns três metros de largura por cinco de altura. Várias janelas eram vista. As casas dos moradores da cidade eram mais simples e não menos pomposas.

            A população aglomerava nas ruas. Queriam ver a Fada que retornava. Curiosos vinham até a carruagem. Queriam ver aquelas moças que vinham juntas. O filho atento a tudo espantava os curiosos com a lança. Aproximando da praça uns cavaleiros pararam à frente da carruagem gritando.

Cavaleiros – Tirem essa mulher daqui! Ela vai nos trazer desgraças!

Mulher – Ela está contaminada com a praga do mal que os humanos carregam.

            Um cavaleiro sai em disparada rumo à carruagem. O filho salta da carruagem ataca derrubando-o do cavalo com a lança. Os outros cavaleiros o atacam. Ele luta com muita habilidade derrotando os quatros que vieram em socorro do cavaleiro. Nesse momento vários soldados do Rei chegam.

Fada – (gritando) Pare meu filho!

            O garoto para e antes de entregar as armas fala que a sua mãe tem de ir de carruagem até o castelo. Um dos soldados da sinal para o cocheiro continuar. Prende o rapaz e o leva para a prisão do palácio.

Soldado1 – Quem é esse cara?

Soldado2 – Ele parece muito novo para lutar tanto!

Soldado1 – Eu é que não quero enfrenta-lo.

Soldado2 – Ainda bem que a princesa o mandou parar.

            Chegando à prisão o Filho é colocado em uma cela. Ele sem lutar vai para um canto senta em silêncio. Em um lado da cela encontra um senhor velho, barba grande branca e o cabelo comprido. O homem levanta e caminha para junto do jovem.

Velho – Demorou muito a chegar!

Filho – Como?

Velho – Eu o esperava há mais tempo.

Filho – Não estou entendendo essa conversa.

Velho – Logo, logo vai entender! É só esperar.

            O senhor retorna a seu lugar. Fica olhando pelas grades o céu limpo e claro.

Filho – Quem é você?

Velho – Um amigo.

Filho – Desde que cheguei aqui tenho que lutar para defender a minha mãe. Esses soldados não são de nada. Consegui vencê-los com facilidade. Só estou aqui por pedido de mamãe.

Velho – Quantos anos você tem?

Filho – Treze.

Velho – A princesa te trouxe para fazer a passagem. Qual o seu nome lá na terra?

Filho – Duarte.

Velho – Veio só você e sua mãe?

Filho – Não! Veio a Maria e a Isa.

Velho – Isa?

Filho – Isabella.

            Novamente houve um silêncio. Alguns soldados estavam chegando. Pararam em frente á cela. Um deles abriu a porta e sinalizou para os dois saírem.

Velho – Vamos meu jovem.

            Caminharam até o pátio da prisão. Uma multidão aglomerava a frente do castelo. Vira o rei, a rainha. A Fada e suas filhas estavam do lado da rainha. A princesa mantinha a cabeça baixa. As meninas se sentiam alegres em ver aquele mundo inusitado. O Velho e o Filho aproximaram. O Rei os olhou e com um gesto mostrou onde eles deveriam ficar.

Rei – A minha filha voltou ao nosso reino, depois de muitos anos no mundo dos humanos. E trouxe seus três filhos aqui presentes. Como é costume do nosso povo a Princesa terá de pagar pelo seu crime. (A multidão ficou em silêncio). Aqui entre nós estão suas duas filhas que ao mesmo tempo são fadas e humanas. O mesmo ocorre com seu filho. Eles vieram para o ritual de conhecimento. O jovem terá de realizar a passagem elas tem de cumprir o ciclo. Não sei se conseguirão, pois, sua humanidade é fraca. Só as fadas e duendes ou elfos tem a capacidade para realizar esse ritual.

Fada – Elas foram preparadas para isso! E meu filho já mostrou do que é capaz.

Rei – Lutando com meus soldados?

Fada – E venceu todos.

Rei – Aqui também está o velho mago que ajudou na sua fuga para o mundo dos humanos. Ele já foi julgado e condenado.

            A população que até então estava em silêncio começou a falar entre si. Foi quando surgiu do meio dela um jovem guerreiro elfos. Todos ficaram quietos.

Rei – O que quer aqui jovem guerreiro?

Elfos – Assim que soube da volta da princesa e seus filhos. Decide retornar ao castelo.

Rei – Sim?

Elfos – Pelo caminho ouvi as histórias sobre esse rapaz. Grande guerreiro.

Rei – O que quer?

Elfos – Ajudá-lo a fazer a passagem.

            A população ficou inquieta. Começaram a perguntar: o que seria naquele momento, pois esse jovem guerreiro tinha sido expulso do castelo. Ele havia desobedecido às ordens do Rei. Sua falta de respeito e por não cumprir as leis levou-o a um julgamento.

Rainha – Com relação às Filhas da princesa eu recomendo que elas sejam preparadas pela Fada mais velha do reino. A Miriam! Dou a ela o direito de dar os nomes de fadas às duas.

Rei – Então fica decidido o guerreiro Maciel treinará o jovem humano. E a princesa será trancada em seu quarto até que seus filhos terminem seus ritos. Prendam a princesa.

Rainha – Ela será cuidada pela Fada Ladica.

Velho – Peço permissão a vossa alteza para acompanhar o treinamento do jovem príncipe.

            Inicia aqui a passagem do jovem e o ciclo das princesas.


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Tópico: Uma estória quase infantil: A INICIAÇÃO DOS JOVENS HUMANOS

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