Uma estória quase infantil: INICIA A PASSAGEM DO CICLO DAS JOVENS HUMANAS

19/11/2016 10:33

            As duas jovens humanas foram levadas até o templo das deusas Elfas. Ao entrarem as meninas começaram a admirar a beleza do ambiente. De imediato encontraram uma grande escultura da deusa Artemia. Sua roupa parecia voar com o vento. O ambiente todo de mármore negro com faixas de ouro reluzia com a luz vinda do sol. A parte superior era com arcos ogivais que lembrava as igrejas barrocas.

Filha1 – Até parece às esculturas gregas.

Filha2 – Verdade! O teto parece aquele da igreja que frequentamos.

Velha – Essas estátuas foram esculpidas por nossos antepassados. Antes da guerra dos deuses.

            Nesse momento chegou uma sacerdotisa com um gesto encaminha-as até o altar central. Com uma grande mesa com vários vasos que jorravam luzes de cores amarelas, verdes, azuis etc. Outras sacerdotisas estavam presentes em círculo no mesmo formato do ambiente. O local era circular com uma imensa abobada toda esculpida com relevos dos deuses e deusas. As duas não prestavam atenção no que falavam. O que estava acontecendo a seu lado não era importante tamanha era a contemplação do ambiente.

Sacerdotisa de Artemia – Vocês estão aqui para passar pelo ciclo da sua vida. Para isso, terão de cumprir os rituais. Um deles é saber ouvir e transmitir o que sente.

Filha2 – É o que estou fazendo! Admirando toda essa beleza! Depois você repete!

Filha1 – Estivemos em muitos museus. Vimos belos quadros e esculturas, mas, aqui nesse templo a beleza é inimaginável.

Filha2 – Como dissemos existe aqui uma energia que não posso explicar.

Sacerdotisa de Artemia – Isso é bom! Esse é um sinal que a sua humanidade não está interferindo no crescimento de vocês.

            Batendo palma as demais sacerdotisas se colocaram em círculo e começaram a dançar. A dança dos elfos é mágica, suave, de uma leveza que só eles conseguem realizar.  Com esses movimentos as duas foram levadas para um quarto com uma grande porta. O portal era todo entalhado. As imagens eram de deusas com uma imensa pedra de onde caia uma cachoeira. O trabalho artístico era de tal forma realista que parecia água de verdade. A filha2 chegou a tocar para ver se era mesmo água.

Sac. Artemia – Aqui inicia a passagem de vocês. O primeiro passo é escolher um nome entre todos esses escritos na parede.

            Uma parede toda esculpida com nomes. Existia tantos nomes que ficava difícil escolher um. Acontece que não eram as Elfas a escolher. Elas eram escolhidas pelos nomes. As duas fixam o olhar nos nomes. A 1ª filha logo vê um nome brilhando entre todos. A 2ª filha também vê o seu.

Sac. Artemia – Encontraram? Parece que sim.

Filha1 – Aquila a águia! A senhora dos céus dos ventos e das aves!

            Foi um rebuliço danado entre as Sacerdotisas. Algumas tamparam os ouvidos outras correram para próximo da parede.

Filha2 – O meu é Auriga a cachoeira! Senhora das águas, dos rios e dos mares!

Sac. Artemia – Isso é impossível! (Olhando para a velha).

Velha – Eu sabia que essas meninas eram diferentes.

Auriga – Por que tanto barulho por um nome?

Velha – Esses nomes são sagrados, a águia e a cachoeira só foram dadas a duas de nossas antepassadas.

Sac. Artemia – Não sabemos o que pode acontecer. As nossas antepassadas uniram os humanos com o nosso mundo. Eles conseguiram muitos poderes. Com o passar do tempo eles nos abandonaram e deixaram de acreditar.

Velha – Vamos nos reunir novamente. Guardiã da porta abra-a.

Guardiã da porta – Deuses e deusas guardiões das portas sagrada. Eu os invoco e peço passagem para essas duas iniciantes. Aquila a águia e Auriga a cachoeira.

            Todas ficaram apreensivas. Os nomes eram muito fortes e a invocação poderia não ser atendida e as duas seriam expulsas para o templo da escuridão. Um silêncio! Quando foi ouvido o estalar da porta abrindo. Inicia uma dança quando surge a porta a guardiã do templo.

Guardiã do templo – (Virando para as duas) Diga o seus nomes para abrir totalmente o portal do templo.

Auriga – Eu sou Auriga a Cachoeira.

Aquila – Eu sou Aquila a Águia.

Guardiã – Podem entrar. Há muito nós esperamos por vocês!

            As sacerdotisas conduziram as duas para dentro do templo. A porta fechou logo atrás delas.
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